A morte de uma criança

Momentos vem e vão
E mais rápido do que uma bala
Atravessam nossas cabeças
Mas não deixam vestígios visíveis

Temos que aguentar os danos
Sozinhos
Tentando arranjar companhia
Mas que não existe

Seguimos nossas vidas solitárias
Com esperança de que alguém morrerá conosco
Mas, mesmo assim, não fará diferença
O nosso fim é um breu

Tento não pensar nisso todos os dias
Mas quando deito minha cabeça
Não consigo superar os fatos
Tenho que recorrer aos braços de minha mãe
Toda via, à quem vou recorrer quando ela também tiver cumprido seu dever?

Penso nisso desde meus 11 anos
Todos os dias
E não consigo ignorar
Pois vi a morte passar por mim de repente

Não tive tempo de amadurecer
De crescer
Para entender melhor
Simplesmente ela não pensa no redor

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