Plebeia rude

Tento impressionar aqueles que não me veem
Acabo encantando aqueles que não vi.
Engano os olhos de quem me vê
Sou clara em meus atos para aqueles que me enxergam
Alguns preferem a beleza
Outros preferem beleza e inteligência
Ninguém prefere só  inteligência.
Beleza é tão relativa e abstrata
Mas é posta como concreta.

Não me imaginas sentada no sofá da tua sala sendo apresentada pros teus pais
Você sentiria um pouco de vergonha
Afinal, não sou a princesa que a rainha sonhou pro príncipe
Ela esperava mais do seu gosto, eu sei.
Uma miúda de all star, roupas de fenótipo masculino
Cabelo bagunçado, "diferente"
Haveria sorrisos para simular simpatia,
Que na verdade esconde repulsa
E, por mais incrível que eu possa finalmente me mostrar
Eu não serei a sua princesa, príncipe.

Você prefere então aquela que chama o olhar de todos
Que tem um sorriso perfeito e reluzente
Aquela que senta perto de você na classe
Aquela que parece ser a "sua altura"
Garota que você pensa que não existe outra igual
Mas, você está tão cego por este pseudo brilho que não enxerga
Há várias delas, com as mesmas características de personalidade e forma
Mas ela é uma princesa, como várias no reino.

Então, penso na possibilidade de ser este ser estereotipado
Logo desisto por infinitas razões.
Seres de espécies diferentes não continuam a evolução,
Seres de espécies diferentes frequentam ambientes diferentes,
Seres de espécies diferentes não se completam, nem se encaixam.
Mas, meu príncipe, você ainda é admirável tanto quanto distante.
No seu sangue, se mistura sangue real e plebeu.

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