Absorvendo o que foi ensinado

     Hoje fui pega de jeito com uma frase, ou melhor, um verso que sempre achei lindo mas me parece que, somente no dia de hoje, ele teve um real significado. Ele é muito simples: "Será que existe alguém ou algum motivo importante que justifique a vida ou pelo menos este instante?". Isso lhe soa familiar, caro leitor? E quando digo familiar, não digo pela popularidade que tal música tem, e sim o fato de analisarmos e pensarmos sobre tal interrogação. Certamente, alguma vez na sua vida você sentiu aquele imenso vazio existencial e se deparou com tal pergunta, ou algo do gênero. Estou certa? Provavelmente sim - sem querer parecer a "dona da verdade". A verdade é uma só, mas cada um de nós tem uma versão diferente.
      Talvez nada disso faça realmente um sentido concreto, a vida não se baseia apenas em ciência ou coisas materiais. Todos temos sentimentos! Somos humanos! Você pode acordar um dia e simplesmente nada pode te satisfazer, pois suas possibilidades são maiores que suas necessidades, ou seja, nada se torna novo ou empolgante. E como belos capitalistas, apelamos para o material. Se tem algo que concordo comigo mesma é que nenhum ser humano pode se privar de valores/ideais e coisas materiais. Posso estar errada, mas não acredito que um budista que se priva do material seja completamente feliz, assim como não acredito que alguém superficial e vazio que se priva de ideais e valores próprios seja também. Sempre estivemos habituados a se habituar.
       Hoje, caros leitores, tive o imenso prazer, a sorte grande, a coincidência enorme de conhecer, sem dúvida alguma, uma das pessoas que mudou muitos pensamentos meus. Inicialmente falamos sobre a experiência de um médico que sobreviveu ao Holocausto e publicou um livro chamado "Em Busca de Sentido" que é uma análise psicológica, não apenas um relato histórico (mal posso esperar para ler). O principal pensamento de Viktor Emil Frankl foi o seguinte: o que move alguém a lutar tanto pela vida? Qual é o sentido? (pelo menos essa foi minha singela compreensão).
       Nós temos e tendemos a "aproveitar" a vida ao máximo, porém, ai vai uma frase que me fez pensar: "Vivemos como se não soubéssemos da nossa morte" (não foram exatamente essas palavras). São em momentos difíceis que percebemos (ou não) que precisamos de algo que nos dê motivos para seguir em frente.
       "Devemos pensar não o que esperar da vida, e sim o que a vida espera de nós"
       Se tem algo que eu acho esplêndido é o amor. É a coisa mais forte porém a que menos sabemos o motivo da existência. Por exemplo: o que te move a amar uma bugiganga qualquer na mesma intensidade que você ama alguém? Isso acontece e muito. O amor, por mais banal e comum que ele tenha se tornada, ele ainda tem seu sentido e significado. Em mim, tudo é sentimento. Não faz muito tempo que, por um descuido, minha gata subiu na estante do banheiro e derrubou um brinco meu. Ele era simples, bijuteria barata, achei o par perdido por alguma razão, mas ele era minha joia rara. Certamente, fiquei totalmente irritada e triste com a situação, logo fui a procura do brinco e vi que ele tinha caído dentro do ralo. Muitas pessoas dariam como "game over", mas eu abri o ralo com uma chave-de-fenda e comecei a procurar, porém foi em vão. Minha mãe, ao ver aquela cena, ficou chocada e me disse que era um brinco qualquer, e que eu dava valor às coisas erradas. Toda via, meu valor é diferente do dela, eu lutei com unhas e dentes para recuperar algo que eu amava por mais "barato" que fosse. Valor não é aquilo que tem preço alto.

         A vida irá lhe fornecer inúmeros pequenos prazeres e sentimentos, cabe a você identifica-los e aproveita-los. 

Obrigada ao profº Luciano Marques de Jesus pela aula INCRÍVEL que pude assistir no dia 23/11/12 sobre VIKTOR EMIL FRANKL E O SENTIDO DA VIDA. Obrigada ao Emerson Campos e à Juliana Tacques Touguinha por terem me apresentado essa brilhante história e terem me dado essa grande oportunidade. Só tenho a oferecer minha eterna gratidão.

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