Em que situação me encontro nessas alturas?

               Espero que esteja adorando sua "liberdade" tanto quanto eu estou odiando. 
***
            Enquanto me fecho em um mundo que eu mesma criei, o seu se abre de uma maneira repentina, de uma forma que meus neurônios ainda não conseguiram captar tantas impulsões elétricas. Criei um mundo onde nada é certo, nada dá certo, tudo é improvável, toda a afirmação é ambígua, e onde sou rainha. E que ótima rainha que sou, consigo manter a desordem em que meu reino sempre esteve. Estive tentando mudar algumas coisas por ai, porém não consigo achar funcionários competentes o suficiente para aguentar altíssima carga horária, temos muito trabalho por fazer.
               O seu mundo me parece complexo, nem seus habitantes sabem ao certo o que se passa no cérebro - digo, na terra - onde eles mesmos vivem. Você conseguiria sobreviver em algum lugar tão incomum? Como tu és criador de um mundo vizinho ao meu, e temos muitas leis, hábitos e regras em comum, decidi me informar mais sobre o que se passava na minha vizinhança, mas minha missão fracassou. E como fracassou.
***
         Aconteceu o que eu mais temia: indiferença sobre os assuntos mais importantes. Certamente eu fiz coisas erradas, disse coisas que nem eu mesma tinha certeza do que estava colocando pra fora, o tratei friamente algumas vezes, porém juro que não foi por maldade. Mas uma coisa eu digo: em uma parte, eu tenho culpa do que aconteceu.
              Eu deveria saber como me expressar por palavras - um sinal muito comum que seres humanos utilizam para se comunicarem e serem compreendidos por outros seres da mesma intelectualidade -, deveria ter pensado - hábito comum entre os seres racionais - melhor... Ah sim, como deveria. Por causa de deslises como esses, transbordei muito arrependimento e tristeza em um dia que estava tão belo, sem nuvens no céu, com a brisa da primavera. Alegamos ser amigos a todos que passam por nós, mas será mesmo que é o que queremos? Será mesmo que é o que eu quero?
        Depois de tanto ''drama" (digamos assim), tento recuperar a amizade que você me propôs a certo tempo atrás. Antes, eu era a mal acostumada com a ideia de amigos, ultimamente tem sido você. O motivo é outra incógnita nessa equação tenebrosa que me perturba a cada dia que passa. Eu tento resolver problemas que não estão ao meu alcance a ponto de eu ter a façanha de resolve-lo. Oh, vida cruel! Durante tanto tempo vaguei pelas ruas e cantos procurando alguém  que pudesse me fazer feliz por um tempo determinado pelo destino, torcendo para que tudo desse certo pelo menos uma vez, e deixo a maior chance que tive escapar. E tudo por causa de palavras mal ditas, mal entendidas e mal explicadas.

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