Perdida com pensamentos


            Sozinha no abandono silencioso da noite, me deparo com dilemas que eram aparentemente antigos, não me vejo num futuro diferente ao qual estou agora. Parece que, a cada ação, nada muda. Talvez se eu tentasse mudar... Mas já tentei, e não há jeito de mudar quem sou. Eu nasci assim, fui criada desse jeito, não são pequenos discursos que vão me desviar desse caminho sem volta. Ainda me faço a mesma pergunta de quando era mais nova: será que o problema sou eu ou é o resto das pessoas que não conseguem entender? Meus desejos não são o suficiente para me libertar desse mundo caótico e perturbado que eu mesmo crio em minha cabeça, porque, na verdade, nem tudo é muito complicado, as coisas podem ser muito fáceis. Não sei se isso é crise de identidade, ou se isso é apenas uma fase que um dia vai passar, mas eu gostaria de ter certeza sobre todas minhas decisões e ações, por mais que elas sejam cotidianas.
            Também tenho a péssima mania de me responsabilizar por erros que não são meus, ou por pessoas, ou por qualquer coisa que eu não sou o foco da questão. Mania de me culpar, mania de botar problemas onde não tem. É difícil encontrar as palavras pra dizer o que realmente acontece comigo, até porque eu nem saberia explicar com clareza pois não sei o que acontece. Consegue entender? Preciso me esquentar, me proteger do frio que me invade a cada minuto que passa, que passa por todas as frestas que o tempo deixou.
            Não entendo qual é o motivo de eu escolher tudo o que não posso ter, ou que sei que é muito difícil de conseguir. O pior, é que tenho consciência de que faço isso, por mais que seja involuntário. Meus olhos costumavam refletir alguma coisa, hoje eles se tornaram vazios e sem emoção. Por mais que eu esteja feliz, não consigo passar isso pra alguém, eu guardo minha felicidade pra mim. Eu preciso de um abraço reconfortante de alguém que gosto ou amo, de sentir tudo o que a pessoa quer falar. Eu amo tantas pessoas e tão poucas sabem disso...
            Eu perco meu rumo de vez em quando, perco o foco. Me apaixono quase sem querer. E, muitas vezes, acabo esquecendo o motivo por qual todo um sentimento (muitas vezes criado do nada) surgiu. Não há tantos motivos para sentir algo tão forte por alguém que não sirva pra um primeiro amor. Mas não adianta, eu sempre vou ter um “dedo podre”, não tenho para onde ir.

Comentários

Fazia tempo que eu não lia teu blog Bib's e quando leio preciso sair de casa, dar uma volta no quarteirão, tomar 3 Toddynhos e respirar fundo porque tudo que tu escreve é verdadeiro e me toca, me faz refletir sobre os sonhos, as verdades e também as mentiras. Assim como também o valor da amizade e sobre o real significado do amor.
Bjbj amiga, e me liga!!!
Andressa.

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