I Can't Cry Anymore

    Sou digna de respeito, não é? E de reconhecimento, concorda? Todos deveriam ter isso, de acordo? Bom, minha mera opinião diz que sim. Mas quem sou eu? Uma fedelha? Que não sabe de nada, nem da vida e nem de si? Uma nulidade? Uma néscia? Sim, na visão de alguns.
    Esses dias, eu tive um sonho. Foi mais ou menos assim: Eu estava com duas amigas, e nisso, eu estava falando que estava com medo de atravessar uma rua escura e elas ficavam debochando da minha cara, de que era fácil, que não tinha perigo nenhum, e muitas vezes não entendiam o que eu estava dizendo. Eu estava com medo, quando olhava para aquela imensidão escura eu via as piores coisas já vistas no mundo, então eu acordei. Procurei o significado disso e dizia: Você fala e as pessoas não te escutam, insegurança. Depois fiquei imaginando o porquê que foi com elas. Ontem, fui perceber que realmente, não tinha nada a ver com elas, e sim com minha mãe (não pergunte a causa desse raciocínio que tive, simplesmente aconteceu uma louca epifania).
     Eu falo, e ela não me escuta, ela não entende os motivos que tenho pra estar sempre avoada, sempre com preguiça, sempre tão pensativa, sempre tão calma, tão tranquila com tudo. Resumindo: ela não me entende nem se esforça pra entender. Lendo isso, todos percebem que é uma fase que todos passam, e realmente é. Mas eu estou sobrecarregada, não consigo mais olhar pro rosto dela e não ver algo negro, que vá me tirar da linha, que vai pesar minha balança libriana. Ninguém consegue me tirar do sério completamente, e ela tem esse dom. E QUE DOM! É tão triste pra mim ver isso, afinal, é minha própria mãe. Quem me dá roupa que uso, a comida que me alimenta, a casa que me abriga, a vida que vivo. Eu devia ter devoção, devia colocá-la num pedestal, porém é impossível. Faz questão de me ver lamentar, de me ver lá embaixo, de me obrigar a fazer coisas, de me privar de coisas que amo.
     Reclama tanto dos  meus defeitos, mas ela tem os mesmos. Não consegue enxergar quem sou, em quem me tronei, não sabe o valor que tenho, não sabe do que gosto, e nem se interessa, não quer saber. Não sei mais viver assim, e ela também não. Precisamos de férias uma da outra. Cada uma pra um lado, eu aqui e ela lá. Quem sabe assim ela vê o valor que tenho, a importância que tenho, se ela enxerga o orgulho que ela não sabe que tem. Quem sabe assim eu terei mais cabeça, mais experiencia, mais outras realidades, mais chances de abrir minha mente e ter minha chance de evoluir. Vai ser melhor.

Comentários

Anônimo disse…
nao concordo. tua mae nao quer q tu repite os mesmos erros e os mesmos defeitos dela. tu tem teus defeitos aceita e tenta melhorar nao fica reclamando q é uma injustissada
Bibiana disse…
Seu comentário será válido quando seu nome for revelado. Agradeço o tempo que perdeu tentando mostrar sua opinião. (:

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