Pouco pra contar
Há poucos dias, estava lendo uma crônica da
minha amiga e ela mencionava de como iria falar pra seus netos de como
aproveitou sua adolescência. Como não pago imposto pra devanear, logo comecei a
viajar no meu futuro e cheguei a conclusão de que não vou ter muitas histórias
emocionantes para contar para meus netos. Talvez aquela da noite em que me
apaixonei – essa tenho certeza que minhas netas vão amar – dançando numa
garagem, numa festa arranjada. Um momento tão simples que gerou tanto
sofrimento, mas que valeu muito a pena. Talvez falar como fui burra de não ter
seguido em frente quando tive a chance, ou como ele foi imbecil de não ter
insistido na hora. Enfim, histórias sem fim que, um dia, se cruzaram por uma
esquina qualquer acompanhadas de um café numa cafeteria próxima e depois uma
despedida. As coisas são assim, a vida imita a arte e vice-versa, não é mera
coincidência você ter visto essa cena em qualquer filme hollywoodiano. Talvez
meus netos gostem dessa história, mas talvez não gostem do final que ela tem, até
porque eu também não gostei, mas não sou eu que escrevo o roteiro da vida, sou apenas a atriz que obedece ordens.
(30/04/12)
(30/04/12)
Comentários
''Tudo acaba bem. Se não esta bem, é por que não acabou''.
Na minha opinião, essa história só vai ter um fim concreto no dia em que todas as outras pequenas histórias que fazem da tua vida uma grande acabarem. Portanto, te acalma, nada acabou ainda.
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