Eu - decifrando-me

    Espontânea é uma marca pouco admirada, às vezes. Há dias que não me gosto, há dias que me amo. É uma briga sem fim lucrativo algum, só mais um estresse pro dia. Indecisão é certa! Sempre vou ficar em dúvida entre as coisas mais insignificantes, como: "Com que pijama eu durmo?". Rigidamente carinhosa, tem vezes que minha língua parece mais um chicotinho (como diria minha irmã). Muito critica, comigo mesmo, com os outros, apesar de ser compreensível quando se trata de algum problema. Errante sempre. Distraída, avoada, estabanada. Sempre esperando resultados rápidos por mais longo que seja o processo. Falante de besteiras, de piadas sem graça, de conflitos existenciais, sempre fazendo um comentário ou outro que exija um pouco de reflexão. Amante de filmes apesar de ver poucos, amante de música apesar de não ter um ídolo concreto, amante do amor que nem sabe se existe. Faço isso, acredito em coisas que talvez não existam. Não sou uma pessoa muito resolvida sobre meu futuro, não sigo padrões, meu cabelo muitas vezes não gosta de mim. Persistente, se acho que algo tem valor, irei investir tudo que tiver naquilo. Criticada quase sempre pelo meu jeito de ser. Muitos gostam, muitos não gostam. Vou levando um dia de cada vez, porque se esperar pelo futuro, perderei o presente. Esperançosa, criadora de expectativas desnecessárias. Boba, simples, não gosto de roupas com muitos detalhes. Dificilmente vai me ver muito elaborada. Quer me ver feliz? Me dá um sorvete, me leva pra andar na roda-gigante, diga que pensou em mim um dia desses, me dá um doce quando meu dia estiver amargo. Não sou tão complicada quanto parece. Quer me ver chorar? Se sim, você é muito rude. Poucos podem contar histórias desse tipo. Uma época boa? Infância. Uma saudade? Meu pai. Um arrependimento? Muitos. E assim vou eu, devagar quase parando.

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