Postagens

Mostrando postagens de maio, 2012

Julgada pelo espelho

   Não penses tu que logo de cara que isso é um texto sobre não aceitar sua aparência, muito pelo contrário, aprendi a me aceitar, mas parece que algumas pessoas não. Também não engane-se que estou falando em aparência novamente, digo em personalidade. Por onde passo, não levo inimigos, ou indiferenças, porém onde eu moro, me parece o lugar mais pesado. Justo meu espelho, minha mãe, não é capaz de me aceitar inteiramente ou sentir orgulho de mim por quem sou.     Vive reclamando, só falta me chamar de inútil (se é que já não me chamou e eu não me recordo), apenas sabe julgar, dizendo como não consigo fazer as coisas direito, que faço e falo certas coisas só pra chamar a atenção (tenho certeza que ela me julgaria se lesse isso, diria que eu estaria me fazendo de vitima, o que isso não é verdade. Mas afinal, aqui estão meus sentimentos, as minhas verdades). Quer um exemplo de uma coisa imensuravelmente ridícula? Ela não quer mais que eu sente na minha janela do q...

Antítese

    Um fim de semana vazio apesar de cheio. É uma antítese emocional. Eu posso explicar como esses opostos podem ter uma ligação pelo resumo do meu fim de semana.     Minha mãe viajou no sábado, fiquei em casa sozinha, convidei uma amiga para ver um filme durante a tarde na minha casa, logo depois arrumei minha mala e fui para minha tia, de lá fomos no cinema, fizemos churrasco no domingo e voltei pra casa. Até então, foram dias cheios, com muitos pensamentos na cabeça. Mas eu me sentia vazia.     Alguma coisa faltava naqueles dias, alguma coisa eu precisava fazer, mas tudo o que eu fizesse não iria adiantar, até porque o destino não ia conseguir resolver esse meu problema. Um fim de semana perturbador pro coração, em todo momento que fazia alguma ligação, era uma taquicardia, respiração fraca.     Eu realmente não me entendo. É uma paixão tão tola, tão impossível, tão difícil, tão ridícula, tão complicada... Sair vencendo essa guerra sent...

Ultimas semanas

   Olhos pesados, cansados, vagos, sonolentos, inchados, vestido por olheiras, sem nada. Pernas cansadas de andar e de sustentar um corpo sedentário. Braços e dedos quase paralisados, estagnados. Cabeça levemente inclinada demonstrando sinal de sonolência. Cabelo revolto. Mente pirada, cheia, perturbada, exausta, explodindo. Informações inúteis dominando minha boca, meus dedos, minhas canetas que não param de escrever um segundo. Todos os dias eu não vejo a hora de chegar em casa e me jogar em cima da cama e não levantar até o fim do Ensino Médio. É, período de recuperações não são fáceis, no mínimo enlouquecedores.

Será possível minha loucura voltar?

*texto escrito num período perdido no pátio da escola, pelo fato do maldito ônibus ter atrasado 15 minutos (como odeio depender de algumas coisas)*     Essa vontade está virando um vício. A partir do dia em que se tornou presente naquele cotidiano louco de fim de semana, fico tentando imaginar o que vai acontecer comigo quando esse ser  não estiver mais presente. Será que alguns pensamentos sairão da minha cabeça avoada? Ou será que os dias irão passar devagar sem hora pra acabar?   Tenho medo de descobrir cedo demais. Me acostumei mal, me acostumei com ele perto sempre. Preciso ocupar minha mente com alguma coisa. Só de pensar que devo minha recuperação também a ele...     Ando pensativa em tempos perdidos pelo ar. Parece que grito aquele nome em meu mais profundo silencio, toda noite antes de adormecer. Alguma força sobrenatural me atinge e me leva para longe, num mundo que lembro ter visitado em algum sonho, como se fosse um mun...

Sociedade infernal

    O problema não é você, o problema não é ele e sim todos nós. O pior é que não adianta fazer sua parte, as pessoas sempre vão querer mais de você independente do assunto. Querem que você seja mais maduro, que aja da maneira que julgam correto, querem que façam o que mandam, querem que pare e preste atenção. Mas calma, quem tem que prestar atenção em quem? Tentar se achar modelo é besteira, sempre haverá alguém melhor do que você nesse mundo, e não vai ser tão difícil de encontrar.      Hoje não foi um dia muito bom, percebi que sou cercada por idiotas, como diria Scar. Pessoas babacas que fazem mais pra mostrar uma face que eles não tem. A cada dia percebo que as pessoas agem da maneira que os outros querem que ela seja, e não por quem elas querem ser. Sim, eu me incluo nesse grupo também, perdi as contas de quantas vezes fiz coisas para agradar o olhar ou falei coisas pra agradar os ouvidos.       Aqueles assuntos já não me interes...

Não consigo parar de pensar

  É tão difícil controlar minha mente, é tão difícil disfarçar - mas até que estou indo bem -, tenho que desviar o olhar. É tão difícil perceber? Espero que por enquanto sim. Não são todos que sabem disso, conto em uma mão só apenas.   Não vou estender muito esse assunto, pois quanto mais penso, mais a situação piora aqui dentro. Por que? Não podia deixar de fazer e pensar coisas impossíveis, coisas inalcançáveis? Será que é tão complicado pra mim fazer as coisas do jeito certo? Três coisas que poderiam me tranquilizar: andar de moto, de fusca, ou na roda-gigante. Moto porque eu adoro passear com aquele vento gelado em mim, só pensando na vida. Fusca porque faz anos que não ando e seria bom ter uma nostalgia de tempos bons. Roda-gigante porque posso ficar lá no topo observando tudo de cima, pra ter uma visão plana de tudo e quem sabe até uma visão plana da minha mente.    Pena - não que eu não goste disso - que hoje é dia das mães, pois minha mãe não tem uma moto, ...

Eu - decifrando-me

    Espontânea é uma marca pouco admirada, às vezes. Há dias que não me gosto, há dias que me amo. É uma briga sem fim lucrativo algum, só mais um estresse pro dia. Indecisão é certa! Sempre vou ficar em dúvida entre as coisas mais insignificantes, como: "Com que pijama eu durmo?". Rigidamente carinhosa, tem vezes que minha língua parece mais um chicotinho (como diria minha irmã). Muito critica, comigo mesmo, com os outros, apesar de ser compreensível quando se trata de algum problema. Errante sempre. Distraída, avoada, estabanada. Sempre esperando resultados rápidos por mais longo que seja o processo. Falante de besteiras, de piadas sem graça, de conflitos existenciais, sempre fazendo um comentário ou outro que exija um pouco de reflexão. Amante de filmes apesar de ver poucos, amante de música apesar de não ter um ídolo concreto, amante do amor que nem sabe se existe. Faço isso, acredito em coisas que talvez não existam. Não sou uma pessoa muito ...

EI, PARA!

*Conversa entre minha mente e meu coração*     - CALMA! Não é hora pra isso. Não é hora pra ter uma paixãozinha adolescente por quem já passou dessa fase! POXA, realiza! É quase impossível tu conseguir alguma coisa, alguma atenção. Você vai torná-la a guria idiota, não a mulher que ele quer. E daí que eles tem coisas em comum? Isso não vai importar em nada se tu for um imaturo sem noção, que não tem nem ideia do que fazer no futuro, que não sabe de nada, muito menos quem é. Ele deve querer alguém decidida, que saiba o que faz, que não faz drama por coisa pouca, que fica triste só num dia do ano, que seja parceira de noitadas, alguém pra conversar como iguais. E, você pode oferecer isso a ele? NÃO! Nem teria como. Tu tá numa fase de transição horrível, onde o hoje será totalmente diferente do amanhã. Esquece disso e vai ler um livro!     - Desculpa, eu já tentei esquecer, tirar de mim, mas não ta funcionando. Talvez eu possa tentar ser compreensível, ser m...

I have no pictures of you

     É incrível a magia que certas coisas podem proporcionar a qualquer ser humano, não é? Claro que sim! Posso dar vários exemplos, como: quando você está andando pela rua como um andarilho e sente aquele cheiro que faz lembrar de tempos passados. Pode ser o cheiro da padaria que lembra os cafés da tarde com a família, ou o perfume de alguém que faça lembrar quando você estava no colégio e seu(ua) melhor amigo(a) usava. Mas e as músicas? Ah, as músicas são classicas fornecedoras de nostalgia, ou uma lembrança forte. Aposto que acontece direto com você. Aquela baladinha dos anos 90 faz você lembrar de alguém, né? Admita, todo mundo tem esse lado meio cafona e clichê. Eu que não sou tão velha assim tenho dessas coisas (muito pra falar bem a verdade).      Por exemplo, "S.O.S." do Abba, me faz lembrar do meu pai, afinal ele que me apresentou essa maravilha. Oswaldo Montenegro faz lembrar da minha mãe, que é grande fã. Reggae lembra três irmãos meus. E "Pic...

What the f*ck is goin' on?

Talvez tudo tenha acontecido inconscientemente, mas foi real. Me revirava dentro daquele caixão com uma imensa vontade de sair, socava todos os lados pra ver se alguém conseguia ver que eu ainda estava viva. Queria fugir, ir embora, não queria mais viver com as mesmas pessoas. Todos ficaram preocupados com o que acontecia naquela noite fria, até porque muitos não sabiam o que se passava pela minha cabeça escura. Quando tudo se liberou (ou quase tudo) foi um choque de realidade para todos na volta. SURTO! Mais que momentaneo, durou eternidades, apenas minutos dentro de uma sala que se tornaram horas. Tão complexo, não dava pra organizar nada na cabeça - como se antes fosse tudo organizado. Repetia as mesmas frases como se ninguém tivesse as escutado antes, estava abalada e apavorada comigo mesmo aquela noite. Como poderia ter chegado áquele estado tão rapidamente? Rapidamente, fugi pra cama e lá fiquei, por tempos e tempos, sem me preocupar com o dia de amanhã.

Pouco pra contar

Há poucos dias, estava lendo uma crônica da minha amiga e ela mencionava de como iria falar pra seus netos de como aproveitou sua adolescência. Como não pago imposto pra devanear, logo comecei a viajar no meu futuro e cheguei a conclusão de que não vou ter muitas histórias emocionantes para contar para meus netos. Talvez aquela da noite em que me apaixonei – essa tenho certeza que minhas netas vão amar – dançando numa garagem, numa festa arranjada. Um momento tão simples que gerou tanto sofrimento, mas que valeu muito a pena. Talvez falar como fui burra de não ter seguido em frente quando tive a chance, ou como ele foi imbecil de não ter insistido na hora. Enfim, histórias sem fim que, um dia, se cruzaram por uma esquina qualquer acompanhadas de um café numa cafeteria próxima e depois uma despedida. As coisas são assim, a vida imita a arte e vice-versa, não é mera coincidência você ter visto essa cena em qualquer filme hollywoodiano. Talvez meus netos gostem dessa história, mas talvez ...