Excesso de inocência
Algo me diz que vale a pena, lutar ainda contra distancia, as poucas conversas, algo me diz pra apostar em tudo isso. O que seria de mim se não fosse minha esperança? Enfim, algo me diz que é para eu confiar nas palavras dele, acreditar que isso não é da boca pra fora, de que tudo o que ele diz é verdade, que ele ainda tem um sentimento puro. Algo me diz que ele vale a pena, vale a pena passar por trancos e barrancos, passar noites mal dormidas, preocupada, esperar ele me responder de forma lenta coisas simples. Vale, mas não compensa.
Sabe o que é isso? Excesso de inocência, ingenuidade!
Em vez de eu andar com um pé na frente e outro atrás, eu ando pulando, com os dois pés ao mesmo tempo. Eu pulo etapas, eu pulo futuros, pulo chances, pulo oportunidades genuínas, e depois, não resta nem nostalgia. Afinal, eu pulei tudo, não é?!
Eu tento mudar, mas parece que não funciona, quando eu penso que estou mudando, vejo tudo a minha volta piorar ou ficar parado. Tento de todas as maneira, juro, mas como sempre, nada é o suficiente. As coisas, pessoas, te sugam cada vez mais e mais, e engraçado que você é passivo - na maioria das vezes -, porque você é sugado e não suga ninguém. Sou assim, tenho medo de incomodar, perturbar, encher o saco! E no fim, quem paga o pato, sou eu.
Ele me suga, ele tira minhas forças, ele leva minha boa respiração, ele leva a calmaria, ele leva tudo o que pode, mas quando volta, é a melhor sensação do mundo. Por isso, tento mante-lo perto a todo custo, porque no final das contas, eu dependo dele, quer queira, quer não.
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